terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Eu desfoquei tudo pra deixar teu sorriso límpido.
Borrei os dias, as horas e as dores.
Suprimi as vontade,
deixei teu sangue correr em minhas veias
e teu querer ferir meu coração.
Carreguei teus medos
e os alimentei como se fossem meus.
Fingi na tua realidade, vivi tuas eloquências,
construí teus castelos,
despedacei-me em cem mil pedaços que nem eram meus...
Me reinventei após cada fracasso
e chorei como se tivesse sido o primeiro golpe.
Cortei minhas asas porque você tinha medo de voar...

É,
você tinha...

4 comentários:

  1. Lídia, eles temem, muito. Lindos versos, você brinca com elas

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  2. E quantas vezes não cortamos as asas por outras pessoas que nem merecem tanto assim? Ah!, quantos caminhos lindos deixei de ver...

    Gostei do poema, como diz Gyzelle, você brinca com as palavras...

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  3. Pior Lídia, é quando nos damos conta do tanto que nos omitimos, tanto que deixamos de ser, por um alguém...
    Adorei!
    Até o próximo!

    Beijoo'o
    flores-na-cabeca.blogspot.com

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  4. ''Cortei minhas asas porque você tinha medo de voar...''

    Senti a dramaticidade! Senti o desespero que quer ser acomodado. Porque esquecer não é possível.

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